Da mesma maneira que precisamos de categorias taxonômicas para plantas,
animais e bactérias, necessitamos de taxonomia viral para nos auxiliar a
organizar e entender novos organismos descobertos.
A classificação mais antiga dos vírus tem como base a sintomatologia. Apesar
desse sistema ser conveniente, ele não é aceito cientificamente, uma vez que
um mesmo vírus pode causar mais de uma doença, dependendo do tecido afetado.
Em 1966, como uma forma de padronizar e facilitar a taxonomia viral, foi
criado o
Comitê Internacional de Taxonomia Viral
(CITV). Desde então, o CITV tem agrupado os vírus em grandes grupos,
denominados famílias.
Essa distribuição é feita baseada no tipo de ácido nucleico, na
estratégia de replicação e na morfologia do virion.
Dentro de cada família, há subdivisões denominadas gêneros. Os critérios
empregados para a definição dos gêneros variam de uma família para a
outra. Várias famílias (Herpersviridae, Paramyxoviridae, Parvoviridae,
Poxviridae, Reoviridae, Retroviridae) apresentam um grupo maior,
denominado subfamília, refletindo a complexidade das relações entre os
membros.
A ordem dos vírus é utilizada para reunir famílias que apresentam
características em comum. Por exemplo, a ordem Mononegavirales, que
engloba as famílias Bornaviridae, Filoviridae, Paramyxoviridae e
Rhabdoviridae.
O sufixo virus é usado para os gêneros, enquanto as famílias de
vírus recebem o sufixo viridae, e as ordens, o sufixo ales.
No uso formal, os nomes das famílias, gêneros e espécies são usados da
seguinte forma: Família: Herpesviridae; gênero:
Simplexvírus; espécie: vírus do herpes humano tipo 2.
Taxonomia dos vírus |
Uma espécie viral compreende um grupo de vírus que compartilham a
mesma informação genética e o mesmo nicho ecológico (espectro de
hospedeiro). Epítetos específicos não são utilizados para os vírus. Dessa
forma, as espécies virais são designadas por nomes descritivos vulgares,
como vírus da imunodeficiência humana (HIV), e as subespécies (se existirem) são designadas com um número (HIV-1).
REFERÊNCIAS
1 BROOKS, G.F. et al. Microbiologia médica. 26.ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
2 TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. 10.ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
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